Mais uma competição disputada.
32nd Rhythmic Gymnastics World Championships. A competição mais importante, a de maior responsabilidade, um sonho concretizado.
Durante
toda a temporada que procedeu este campeonato a Maria dizia, umas vezes
de sussurro em casa e para ela, outras abertamente às pessoas que a
rodeavam, que queria muito ir ao campeonato do mundo, dizia-o
inclusivamente às suas colegas seniores, a Maria queria, fez por isso,
...e foi.
Desta
feita, acabaram por seguir para a derradeira prova, a Maria e a
Carolina que à imagem de outras duplas também já experimentadas
anteriormente, funcionou muito bem, e nem foi pela preparação conjunta
que infelizmente quase não teve lugar na preparação deste Mundial.
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:: A Maria em ARCO - Foto © Carlos Alberto Matos/ FGP :: |
NÍVEL EQUILIBRADO
Já
o tinha escrito, num passado recente, que as seniores elite nacionais, cada uma
com a sua característica mais particular, são no seu conjunto muito
iguais.
Todas elas com um nível muito equilibrado separadas por
características mínimas que foram fazendo a diferença aqui e ali ao
longo da época. A provar o equilíbrio fica a referência de apenas 0,30 pts
de diferença nas notas finais das nossas duas ginastas neste campeonato
do mundo.
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:: A Maria no 'kiss and Cry' :: |
MARIA,
BOA PRESENÇA,
CONCENTRAÇÃO E CALMA
A
Maria executou quatro aparelhos e a Carolina outros quatro, somando os
oito necessários para o concurso geral da competição individual.
Em
termos pessoais, a Maria destacou-se no seu exercício de ARCO
conseguindo aqui posicionar-se na primeira metade da tabela
classificativa, atingindo assim um dos objetivos das ginastas. Dos outros três aparelhos,
MAÇAS foi o seu melhor exercício ficando BOLA e FITA com notas menos expressivas, sendo que, foi no último que a Maria cometeu a sua falha mais
grave com um desequilíbrio e uma queda de aparelho.
Segundo relatos de Kiev na imprensa desportiva nacional, a Maria mostrou "boa presença"
"concentrada" e sempre dentro do esquema "como a música justificava".
"Aparentemente calma durante toda a competição" fez a prova o melhor que
lhe foi possível.
Apesar de se poder considerar uma boa estreia em Mundiais, com um dos objetivos plenamente conseguido pela ginasta, é preciso apontar para novos desafios e novas metas pessoais, mas para
partir para outros patamares, será necessário que se mantenha o compromisso de empenhamento com a disciplina, conseguir mais oportunidades de participação em competições internacionais e, dessa forma, muito mais poderemos esperar.
Para já, este é o caminho!
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:: A Maria em BOLA - Foto © Carlos Alberto Matos/ FGP :: |
A DELEGAÇÃO
É, na minha opinião, logo na constituição de uma delegação que se começa a somar pontos para um bom resultado Nacional.
A
delegação nacional a este campeonato do mundo foi extensa, mas apesar
desse facto, ainda assim curta para a eficiência total que uma delegação
deve ter numa prova com esta importância. Se constatarmos o facto de a
chefe de delegação (da competição individual) ser a treinadora,
obrigando a mesma a momentos de ausência no acompanhamento às ginastas, e
por outro lado, a ausência em momentos destinados às treinadoras(entre
outras distrações forçadas), é fácil entender o ponto de vista aqui
expresso, no entanto, se tiver que ser assim para que se mantenha a
presença de um conjunto e de ginastas individuais em provas como esta,
considero que será então um mal menor em prol de uma representação mais
visível em competição. Maldita crise...
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:: A Maria em FITA - Foto © Carlos Alberto Matos/ FGP :: |
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:: A Maria em MAÇAS - Foto © Carlos Alberto Matos/ FGP :: |